Texto e imagem: Álvaro Perazzoli A espera Tu pedistes para lhe esperar… E durante esta translação fostes a escolhida entre bilhões, tal qual a estrela sorteada por uma criança com seu dedo mágico. E então durante muitas noites de perdição habitei uma ideia. Nas noites que mais senti dor e não me abriguei do frio, […]
Arquivo para a Categoria‘ Poesia Maldita ’
Cantos de um pássaro pardo qualquer
Postado: 20th January 2016 por Álvaro Perazzoli na Arte, Contracultura, Literatura, Poemas, Poesia, Poesia MalditaTexto: Álvaro Perazzoli Imagem: Reprodução / Alphaville (Jean Luc Godard) Comecei então a ouvir aquela Marisa com aqueles Paralamas, diziam eles sobre um tal amor que não pode mais esperar. Ouvi também o espelho cristalino de Alceu dizer sobre uma grande esperança na cidade onde o povo desaprendeu a amar. Às vezes peço que a […]
Amor à deriva
Postado: 5th November 2015 por Álvaro Perazzoli na Arte, Fotografia, Literatura, Poemas, Poesia, Poesia Maldita, VersosTexto e foto: Álvaro Perazzoli Hoje me vi diante de um enorme oceano dentro de um pequeno quarto. Assustei-me quando percebi que estava muito distante do único barco. Sem bote, sem colete, estava apenas nu e com uma moeda na mão. Ela não tinha cara, face e muito menos coroa. Era minha salvação. Há bem […]
O Escarro
Postado: 28th October 2015 por Álvaro Perazzoli na Arte, Contracultura, Literatura, Poemas, Poesia, Poesia MalditaTexto: Álvaro Perazzoli Imagem: Reprodução / Esculturas Cao Hui Respire! Inspire! Faça um leve movimento nasal interno. Sinta que há algo em suas mais nefastas entranhas para ser puxado, retirado, arrancando e expelido. Ele começa na sua garganta, infecta seu peito, contamina seu coração e bloqueia seu pulmão. Feche seus olhos…
Café frio
Postado: 1st August 2014 por Álvaro Perazzoli na Literatura, Poemas, Poesia, Poesia Maldita, VersosTexto: Álvaro Perazzoli Imagem: Substantivo Plural Dormi lhe escrevendo. Hoje li as frases esquecidas da noite anterior. Estão borrachudas como pão dormido e sem gosto como café reaquecido. Confio no seu olhar arrogante ou acredito na sua gentileza cativante? Até rimar eu tentei. Mas com você o serei virá antes do que não sou. Serei […]
Sexo & Tragédia – IV – A maldição de Caim
Postado: 20th June 2014 por Álvaro Perazzoli na Arte, Contracultura, Gonzo, Hemomasoquismo, Literatura, Masoquismo, Poesia Maldita, Sexo & TragédiaTexto: Álvaro Perazzoli Imagem: Ordem do Dragão Vermelho Quando pequeno, nutri um certo fascínio por vampiros. Influenciado pelo que lia e assistia na TV, frequentemente me viam durante a noite com capas feitas com a pele de guarda-chuvas velhos. Tinha 11 anos. De forma alguma queria ser aquele super-herói fascista fantasiado de morcego. Queria incorporar […]
O caçador de rainhas
Postado: 5th June 2014 por Álvaro Perazzoli na Crônicas do Cotidiano, Literatura, Poemas, Poesia MalditaTexto: Álvaro Perazzoli Foto: Via Focusonmovies Estamos em uma vila de pedras esquecida pelo passado e consumidas pelo presente. Sou um mero observador de uma rainha que governa a escuridão e tem as sombras como súditos leais. Ela envenena cada beco frio com sua fragrância e faz-me caçá-la como um cão vadio.
Sexo & Tragédia – III – O outro lado do muro
Postado: 10th March 2014 por Álvaro Perazzoli na Arte, Contracultura, Gonzo, Literatura, Poesia Maldita, Sexo & TragédiaTexto: Álvaro Perazzoli Imagem: Oitenta “tijolinhos” – Obra produzida por menores da favela carioca As flores na janela da minha vizinha era o sinal que ela queria dar. Descobri bem cedo que na casa ao lado morava uma mulher sádica, perversa e depravada. Eu tinha apenas oito anos, e só não tinha descoberto antes, pois […]
Sexo & Tragédia – II – O Senhor da Noite
Postado: 7th March 2014 por Álvaro Perazzoli na Arte, Contracultura, Gonzo, Hemomasoquismo, Literatura, Masoquismo, Poesia Maldita, Sexo & TragédiaTexto e foto: Álvaro Perazzoli Na calçada do faraônico cemitério da Zona Leste de SP um homem nu de meia idade corre em direção a uma possível prostituta. Com os sapatos nas mãos ela foge sem roupa como um coelho assustado. E assim começa minha busca noturna por coquetéis alucinógenos que me farão sorrir na […]
Sexo & Tragédia – I – A primeira vez
Postado: 6th March 2014 por Álvaro Perazzoli na Arte, Contracultura, Gonzo, Hemomasoquismo, Literatura, Masoquismo, Poesia Maldita, Sexo & TragédiaTexto e foto: Álvaro Perazzoli Nas faces menos visíveis da escuridão ela sussurrava no meu caminho, “Abrace-me”. Ligara antes e pedira para que entrasse em sua casa sem fazer barulho. Era um sobrado tipicamente paulistano em um bairro nobre da cidade imunda. Ela nada mais era que uma grande amiga que acabara de perder os […]
Sexo & Tragédia – Prefácio – Breve Apresentação
Postado: 5th March 2014 por Álvaro Perazzoli na Arte, Contracultura, Editorial, Gonzo, Hemomasoquismo, Literatura, Masoquismo, Poemas, Poesia, Poesia Maldita, Sexo & TragédiaTexto e foto: Álvaro Perazzoli Não venho aqui seduzir o normal e tampouco acariciar a realidade. Quero é violentar a consciência e masturbar a sanidade. Não tenho quarenta, não tenho vinte, tenho pouco mais de trinta. Vivo como fotógrafo, mas nasci jornalista. Meu trabalho é ressuscitar os poetas malditos nos cadáveres pútridos dos homens românticos. […]
Retrato a tormenta
Postado: 24th July 2013 por Álvaro Perazzoli na Arte, Fotografia, Poesia, Poesia MalditaTexto e foto: Álvaro Perazzoli Reproduzir a realidade já não mais preenche meu eu. Há por vezes uma enorme vontade de explodir no que não existe, um inexistente que faz existir, o criar que afirma a inexistência do criador. Sinto uma enorme vontade de aprisionar deuses e libertar monstros. Sonho cores que não foram descobertas […]
Para dizer que não falei das putas
Postado: 25th July 2012 por Álvaro Perazzoli na Censura, Contracultura, Fotografia, Poesia, Poesia Maldita, Rua AugustaTexto e foto: Álvaro Perazzoli Sinto orgulho das que se deitam, das que não usam máscaras e tiram a roupa. Orgulho das putas, das Lily Marlenes que embalaram os soldados moribundos, das putanescas desvairadas de um cabaré qualquer. Falam de si, falam de nada, mas não falam das putas. Lembre-se das mães, das filhas, das […]
I – As mentiras vermelhas confabulam com as lágrimas do medo
Postado: 29th June 2011 por Álvaro Perazzoli na Arte, Crônicas do Cotidiano, Fotografia, Gonzo, Poemas, Poesia, Poesia MalditaTexto e foto por Álvaro Perazzoli Capítulo I As mentiras vermelhas confabulam com as lágrimas do medo[1] A brisa gélida de cor azul saúda o homem magro de capote preto longo e chapéu cinzento que caminha assombrando-se nos passeios estreitos da madrugada vazia. Pele branca rugosa, mãos no bolso e cigarro apressado, foge de seu […]
Provérbios do Inferno – A Poesia Maldita de Willian Blake
Postado: 19th September 2010 por Álvaro Perazzoli na Contracultura, Livros, Poesia, Poesia MalditaPróverbios do Inferno (De Willian Blake)No tempo da semeadura, aprende; na colheita, ensina; no inverno, desfruta. Conduz teu carro e teu arado por sobre os ossos dos mortos. A estrada do excesso leva ao palácio da sabedoria. A Prudência é uma solteirona rica e feia, cortejada pela Impotência. Quem deseja, mas não age, gera a […]

