Por: Rafael De la Torre Oliveira
Campanha publicitária lança ao ar um burro
O artigo abaixo é uma reflexão sobre uma notÃcia publicada hoje sobre um burro lançado em um para-quedas para divulgar a prática de esportes radicais em uma praia Russa. Foi veiculada em diversas emissoras de TV e portais online.
Burro em paraquedas assusta crianças em praia na Rússia
Abro o portal de notÃcias e logo de cara encontro uma foto de um burro erguido em um para-quedas. A primeira coisa que penso é: ‘’ Quem foi o filha da puta? ‘’.
O caso aconteceu na Rússia, para a promoção de uma praia privada, um grupo de empresários resolveu erguer um quadrúpede a alturas que este animal jamais iria precisar em sua vida.
Aparentemente, segundo a noticia, o resquÃcio de benignidade encontra-se nas crianças, que, olhando para a criatura indefesa e que urrava, compadecidas estavam chorando junto ao sofrimento do animal. Os adultos, ficaram tão estupefatos com a cena que só conseguiram tirar fotos e chamar alguns jornais, em um esforço para que as imagens fossem divulgadas(outros, só tiraram foto do animal sofrendo e seguiram suas vidas com um sorriso neurótico por ter visto um burro em um pára-quedas).
Os quadrúpedes são animais terrestres que em sua biologia está marcado que nunca, repito, nunca precisaram sair do solo. Agora, imaginemos se o sofrimento do burro pode ser mensurável(na verdade nenhum sentimento é mensurável, mas neste caso, abriremos uma exceção), pensando em toda a sua cadeia genética ele nunca teve a necessidade de sair do solo. Para os desavisados, acreditem, os animais também são humanos. A palavra humano não é direito adquirido de ninguém, nem mesmo do animal Homo sapiens.
Esse pensamento mecanicista ao qual a criatura foi vitima é um ato inaceitável para os tempos atuais, o corpo de empresários e publicitários devem ser fiscalizados de perto(coisa que não foram, afinal, erguer um burro é algo que sem duvida chama a atenção antes, durante e depois), porém, o que mais me intriga é a tamanha perversão por trás dessa idéia de erguê-lo. Se foram capazes de fazer para chamar um determinado público de praia privada, qual será o limite?
Os animais parecem que estão com sua criatividade aos poros. Primeiro o polvo Paul e sua clarividência, agora o burro adepto dos esportes radicais. Quais serão os poderes que os animais darão para a próxima espécime?
Imagem: AFP
VÃdeo: R7
Vamo amarrar a mae desse FDP quem teve essa idéia…
…tomara que os responsáveis sejam presos
Parece que os russos não tem muito amor aos animais,tem alguns vÃdeos no youtube sobre alerta ao maltrato de animais onde mostram alguns russos pisando na cabeça de cachorros para matá-los.Uma coisa totalmente bizarra,selvagem e sem cabimento.
Espero que esses empresários tenham suas carreiras bem manchadas por este incidente.
ah, sabem como é né, sendo russo ou brasileiro, não importa, a falta de disciplina mental se enfoca no mundo inteiro, estes por sua vez não aprenderam a decifrar o código da auto-crÃtica que ajuda a impor limites no ser humano e o ensina a pensar nas consequencias dos seu atos!!! a unica coisa que eu posso dizer sobre isso é que eu tenho pena destes rapazes que são vitimas de suas proprias brincadeiras vitimas de si mesmos!!!
Pendura um preso em um paraquedas contra a sua vontade (sim, porque ninguém perguntou ao burro se ele queria fazer isso) para ver… aparece na hora um babaca do “Direitos Humanos” falando qualquer besteira e blá, blá, blá…
Cada vez mais percebo a animalidade (no pior sentido possÃvel) escondida atras de um paletó e uma gravata cara.
Recentemente foi descoberto que o DNA do chimpanzé é mais próximo do nosso do que sempre se imaginou (99,4), tanto que foram “promovidos” (ou não) a Homo sapiens e só não são de fato tidos como “humanos” porque as leis proibem estudos que comprovariam se em uma cruza sairiam descendentes estéreis ou férteis (critério para classificação de uma espécie).
Qual a relação disso com o burro? Simples… cada vez mais é comprovado a semelhança e proximidade nossa com outros animais e em vez de nos apoiar nisso para tentar preservar e melhorar as condições dos outros indivÃduos que vivem conosco, fazemos o oposto e nos segragamos ainda mais, nos afastando até mesmo de outros “humanos” em ´”benefÃcio próprio” e para evitar competições.
Diante disso lanço uma pergunta: Quem é o burro?
Pensando com meus botões me peguei imaginando a cena de uma praia do nordeste e um certo molusco barbudo amarrado a contragosto voando em um paraquedas.
Isso ninguém faz né? Porque não pegar os burros certos?