Por: Rafael De la Torre Oliveira
No dia 13 de julho, o portal Terra publicou uma notÃcia sobre a situação da proibição do véu islâmico na Europa:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4563182-EI8142,00-Conheca+a+situacao+da+proibicao+ao+veu+islamico+na+Europa.html
O artigo abaixo é uma reflexão sobre o tema:
Em 1789, surge a idéia da revolução Francesa que tem como lema: ‘’Liberdade, Igualdade e Fraternidade’’. Esse lema levou a França a repensar uma série de questões hierárquicas e sociais que permeavam o paÃs em todas as esferas da época. Historia á parte, hoje, o governo Francês está debatendo a idéia da proibição do véu islâmico em locais públicos(assunto que na época da revolução Francesa não tinha o menor interesse, justificando o lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade).
Antes de qualquer atitude pseudo-feminista, vale uma reflexão do significado que a burca tem na tradição e cultura de um povo permeado por uma religião milenar. A burca tem um significado, afinal, se assim não tivesse não teria motivo de existência (tão pouco de uma Lei). Serve para cobrir partes eróticas que despertam desejo nos homens, e para eles, a parte erótica da mulher são seus cabelos.
Observando os demais paÃses envolvidos nesta questão, a Bélgica é o único que proÃbe pela constituição, com argumentos, no mÃnimo frágeis. Afinal, argumentando que é proibido circular com o rosto encoberto ou dissimulado de alguma maneira não trás uma resposta inspiradora, pois se assim é a lógica, que fazer com os chapéus, bonés, maquiagens e demais produtos ocidentais que justamente fazem o mesmo processo que uma burca? O paÃs mais intolerante dentro desta questão é a Itália que levará a prisão se uma pessoa for pega em flagrante com a burca( e não existe nada sobre as Freiras que usam roupas e tem habitos semelhantes).
Tendo a burca um significado dentro de uma tradição e uma cultura, como julgar se essa peça de roupa é pior ou melhor? É ruim ou é boa? Aumenta os direitos de mulher ou reforça um machismo? Fazendo uma leve reflexão com base na antropologia, tento trazer em um exemplo do cotidiano: Na nossa sociedade, um dos sÃmbolos eróticos femininos são os seios.
Dentro desta lógica, as mulheres os cobrem para despertar o desejo do que está oculto e também, porque existem Leis que proÃbem exibir partes eróticas do corpo. Por trás de toda a Lei, existe um desejo. Poderia direcionar o raciocÃnio e dizer: Na perspectiva das Leis e desejos, não existe diferença do sutiã para a burca. Ambos existem pelos mesmos motivos. Porém, prossigo no exemplo do cotidiano se por algum motivo, surgir uma Lei que proÃba o uso do sutiã.
Para as mulheres e homens islâmicos mostrar os cabelos é deixar em público uma parte erótica do corpo, seria relativo a fazer uma lei de obrigatoriedade do top-less para nós, pois, para uma determinada visão, as mulheres tem o direito (ou dever? ) de andar como querem. Mas, como dizer se isso é vontade de uma cultura se são obrigadas por Lei? ‘’Intolerância ‘’ sendo combatida com ‘’Intolerância’’?
A palavra ‘’proibir’’, que tem como lema: ‘’Liberdade, Igualdade e Fraternidade.’’ combina?
Imagem ilustrativa retirada do site: http://www.vislumbresdaoutramargem.blogspot.com/
Well, Well, Well….. Um tema um tanto quanto polêmico não?!
Realmente ironico” proibir” no paÃs da “Liberdade Igualdade e Fraternidade”
Uma coisa que é complicado – discutir sobre a Cultura de um paÃs. Você tem a sua, eles a deles… Cada um vai defender a sua e sempre tentando inclui-la em outra…
Como proibir o véu? Se, podemos dizer, é o que predomina na cultura Islâmica… Pode-se discordar, e achar exageiro a burca, mas é o que eles pregam…
Ôh mundinho complicado sô!
Eu và essa discussão na época em que estava lá.
Todos são a favor da proibição, pois se existe um povo que é extremamente radical com esse lance de religião, são esses islãs ai.
É só pegar o exemplo pelo lado contrário, e daà fica fácil de entender que os islãs só querem saber do lado deles: Pode uma mulher de qualquer outro paÃs entrar lá no paÃs deles e ficar sem usar esse lance da burca aÃ? Não, não pode, então os valores se invertem!
Quando voce vai para um outro paÃs voce tem que respeitar as tradiçoes e cultura desse paÃs em questão. Ainda mais porque ninguém te chama pra viver lá, voce vai porque quer, e tem que se adaptar.
Do mais: Eu me sentiria ofendido em usar um barato que esquenta mais que forno em pleno verão de 40graus.
Este tema permeiam varias esfera no que diz respeito ao peso conceitual das palavras que ordenam movimentos como estes.
Libertar e proibir manifestações de povos diversos, principalmente povos que se demoram a abarcar a europeização que se diz moderna e civilizada automaticamente se traduz em postura atrasada e necessitada de apoio e defesa para mudar.
Em experiência pessoal sobre este assunto, ouvi de uma moça islamica, profundamente magoada, que se sentia desrespeitada por nao ter a liberdade de freguentar tais escolas e lugares publicos fazendo o uso de sua burca, partindo do principio que sua cultura e seus sentimentos em relação a isso utiliza a burca como simbolo de respeito proprio, manifesto de sua fé.
Assim como em ocasião proxima, um menino de escola estadual do Rio de Janeiro, foi ovacionado e proibido de participar das atividades escolares por estar utilizando colares, vestimentas, e Ojá, lligados ao culto de candomble dentro da escola. Mesmo fazendo uso do uniforme pertinente a instituição. Foi punido por destoar da fé e da postura e da cultura de seus iguais.
Da mesma maneira , uma professora tambem de escola publica, foi severamente punida por utilizar mitologia africana para ensinar comunicação a seus alunos. O texto utilizado nada tinha demais, e nao induzia a ideia religiosa a alunos que ali poderiam estar e que nao fosssem adeptos a cultura. Ela se utilizou da figura mitologica do Exu, convencionalmente ligado ao diabo,pela igreja catolica, mas que em vias fatos é cultuado como Orixa, que gera o movimento do mundo, a energia integrada aos sentimentos intrisicamente humanos, partilhador de todas as caracteristicas essencialmente do intinto, e por ser a religião ligada ao culto das forças naturais, por entender que o homem não se difere do natural, nao abarca ideia de bom e mal,e de nenhum outro juizo de valor. O texto contava a historia mitologica de Exu como orixa que fala que fala todas as linguas, A professora foi interrompida pelo conselho de educação em sala de aula, punida com suspensão e proibida de se utilizar de qualquer instrumento textual foro do conteudo programatico.
A constituição que garante um estado laico, parece também lalinhar ao cabresto de uma corgia que direciona e conceitualiza o que é ou nao é liberdade, o que é ou nao fraterno , conveniente e igual.
Hei de concluir que a velha a velha mania de analizarmos as coisas por nossa propria perspectiva, de forma apaixonada, sem a idoniedade e respeito a cultura e perspectiva alheia. nos torna colonia e coloonizadores das ideias. Desrespeitadores intelectuais do que nos pertence. O bom senso.
Parabens pelo tema.
Segue o artigo sobre a professora
http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2009/11/23/exu-nao-pode-914886323.asp
Oi Rafa.
Li seu artigo e gostei muito. Acho muito grave essa onda de intolerância que se espalha por todo o mundo, mas parece mais forte na Europa, justamente ali onde tivemos a mais triste demonstração de desigualdade entre pessoas selada pelo regime nazista. Fiz no meu TCC um estudo sobre o neonazismo no mundo e no Brasil e pude perceber que a situação não é muito trazida à luz pela mÃdia, que se mostra na maioria das vezes a favor desse regime, mas procurando encontramos notÃcias realmente chocantes.
Parabéns pela coluna, pelas idéias, eu sempre achei mesmo que vc leva jeito pra isso.
Ana
A PSEUDOMODERNIDADE EUROPÉIA CAIU NO CHÃO…OS GOVERNOS NEOLIBERAIS ESTÃO PREOCUPADOS EM TAPAR O BURACO DA CRISE DE 2008, E POR ISSO PRECISAM ENCONTRAR “CULPADOS”… OS VERDADEIROS RESPONSÃVEIS PELA CRISE Jà FORAM APONTADOS, MAS TAIS FATOS CAIRAM RAPIDAMENTE NO ESQUECIMENTO. NA HISTÓRIA RECENTE, QUEM CRIOU AS CRISES, PRINCIPALMENTE ÀS DO TERCEIRO MUNDO, SEMPRE SE BENEFICIARAM DELAS…AGORA OS GOVERNOS EUROPEUS, A SERVIÇO DAS “ELITES INCOMPETENTES”, APONTAM O DEDO NA CARA DOS IMIGRANTES E SEUS COSTUMES. OS DE ORIGEM ÃRABE, POR TEREM UMA CULTURA BASEADA NA TRADIÇÃO E NÃO NA MODERNIDADE SÃO “A BOLA DA VEZ”: EM NOME DA “LIBERDADE E IGUALDADE”, SERÃO ALVOS DE PERSEGUIÇÕES E POLÊMICAS MIDIÃTICAS GLOBAIS. EM OUTRAS PALAVRAS: TRATA-SE DO INÃCIO DA SISTEMÃTICA “SANGRIA” ÀS NAÇÕES DO ISLAM LIDERADAS PELOS ESTADOS UNIDOS E ISRAEL. O QUE PRETENDEM COM ISSO? PROVOCAR E ISOLAR O IRÃ E AVALISAR O BLOQUEIO À PALESTINA…ATENÇÃO INDÚSTRIAS BÉLICAS! À TODO VAPOR!