
Notícia reproduzida do portal CMI (Centro de Mídia Independente)
Com o título: ‘Diário da Guerra no Afeganistão’, o site wikileaks.org publicou no domingo, 25 de julho, mais de 91 mil relatórios que cobrem a guerra no Afeganistão entre os anos de 2004-2010. O arquivo pode ser acessado na página especial: http://wardiary.wikileaks.org/.
“Os relatórios, embora escritos por soldados e oficiais da inteligência, descrevem principalmente ações militares letais envolvendo o exército dos Estados Unidos, também inclui informações de inteligência, relatórios de encontros com personalidades políticas e outros detalhes relacionados.”, diz a nota no site.
Eles também avisam que há mais 15.000 relatórios que estão sendo analisados no momento e que serão publicados em breve.
Até agora, esse é o relato mais completo que se pode obter sobre a guerra no Afeganistão. São cerca de 140 incidentes com milhares de mortes de civis inocentes. Numa rápida análise dos documentos já é possível identificar casos onde civis foram mortos e o caso mantido em segredo. Por exemplo, em junho de 2007, numa operação do comando Task Force 373 para capturar/matar um líder do Taliban, o documento classificado como ‘secreto’ relata que 7 crianças foram mortas nesta operação.
Nota publicada do site WikiLeaks sobre os relatórios | [Wikileaks] Siglas e abreviaturas militares: o que elas seignificam.
Agora essa informação está livre e na internet, são mais de 200.000 página disponíveis para qualquer pessoa pesquisar e aprender a verdade sobre a guerra no Afeganistão. O jornal The Guardian, criou uma página na internet com várias formas para visualizar os dados dos mais de 91 mil registros publicados. Há um mapa interativo que você pode visualizar o local onde cada incidente ocorreu. Na pagina especial do site WikiLeaks há várias formas de você pesquisar os dados, por tipo de relatório, categoria, gravidade (medida pela quantidade de mortos), data, região e afiliação.
Mais uma vez o site WikiLeaks prova que sua existência é de extrema importância para a população mundial, para que essa tome conhecimento de crimes como estes que muitas vezes não são noticiados nos grandes meios. É provável que se não fosse a existência de um lugar como a WikiLeaks na internet, que proporcione uma infraestrutura para aqueles que querem denunciar tais crimes, demoraríamos décadas para descobrir a verdade sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque e sobre outros casos também.
Leia também o artigo publicado no CMI sobre as ações do Pentágono contra a Wikileaks e a prisão de uma possível fonte, o soldado Bradley Manning acusado de vazar o vídeo ‘Assassinato Colateral’ para a wikileaks.
Fonte: CMI (Centro de Mídia Independente)
Imagem: CMI (Centro de Mídia Independente)

