Cantos de um pássaro pardo qualquer

Postado no dia: 20 de January de 2016 por Álvaro Perazzoli em Arte, Contracultura, Literatura, Poemas, Poesia, Poesia Maldita

Texto: Álvaro Perazzoli
Imagem: Reprodução / Alphaville (Jean Luc Godard)

Comecei então a ouvir aquela Marisa com aqueles Paralamas, diziam eles sobre um tal amor que não pode mais esperar.

Ouvi também o espelho cristalino de Alceu dizer sobre uma grande esperança na cidade onde o povo desaprendeu a amar.

Às vezes peço que a vida dê-me a morte do que ter que viver como um cadáver neste cemitério que chamam de lar.

Então por vezes fico inquieto e questiono se Alphaville é um bairro ou se vivemos aqui a grandiosa obra de Godard.

Caminho como um garimpeiro, procurando em cada esquina um sorriso que não escute o chamado de dormir do luar.

E quando encontro um diamante ou uma pérola entre as lixeiras e esgotos, o relógio grita que eu preciso acordar…

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