Texto e foto: Ãlvaro Perazzoli
Sinto orgulho das que se deitam, das que não usam máscaras e tiram a roupa.
Orgulho das putas, das Lily Marlenes que embalaram os soldados moribundos, das putanescas desvairadas de um cabaré qualquer.
Falam de si, falam de nada, mas não falam das putas.
Lembre-se das mães, das filhas, das irmãs, das mulheres e até dos quase homens, dos quase virgens, dos jesuses pós modernos que preferem o boquete do que as cruzes.
Nossas putas estão no topo da cadeia social e tem mais caráter dos que usam fardas.
Este é o mundo onde Freud estupra Dali e Bukowski é esquecido em um canto qualquer de um asilo.
Que o beijo e as lágrimas de uma puta invejem a nossa medÃocre virtude.
Boa, belo texto!!!